quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Roma

também as pombas
na Piaza de San Pietro
comem melhor


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sábado, fevereiro 06, 2010

Amo-te

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Amo-te.
Sei que amanhã, ou depois, poderás
não estar aqui. E sei que eu poderei
não estar aqui também.
Mas ainda assim amo-te.
É dentro da vulnerabilidade que construo
o amor, como um castelo na areia
que se deixa ser levado pelo mar.
Não te poderia amar se soubesse
que amanhã estarás aqui, que o verde das montanhas
ser-me-á oferecido uma vez mais.
Não. Não te poderia amar se ignorasse que em qualquer
momento o teu abraço pode ser o último
e as palavras que me deixas um adeus.
Amo-te porque sei que não me pertences
e o único laço que nos une é a liberdade.
Amo-te porque não sei o amanhã, porque na minha
vulnerabilidade todas as coisas são possíveis,
nenhuma é ignorada. E assim como a flor renasce
no pólen que cede, também eu renasço contigo
em cada gesto de amor.
Amo-te.

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