Será isto intertextualidade com um haiku do Issa em que ele mija para a neve (não me recordo bem)?
Quantos aos teus haikus, julgo que tens a intuição para escrever instantes que criem imagens no leitor. E só isso importa no haicai. As questões Zen da transiência das coisas, o kigo, etc., são apenas opções do haijin. As temáticas são vastas e ainda existem arquétipos novos para serem criados. És um bom observador da Natureza, mas será que também o és da cidade?
Quanto à primeira questão,escrevi este haiku depois de ler "A primeira neve", de Issa, nos seguintes versos:
que beleza - o buraco feito na neve ao mijar
.
primeira neve - disse ele e então pôs-se a mijar
.
o odor da urina vai e vem - crisântemos
.
a primeira cigarra - digo eu antes de mijar ´
.
assim, quis brincar com a minha aprendizagem e a "eternidade do momento" no haiku... o Aqui de Issa.
Sobre a tua obeservação fico grato, também eu penso nela.
Acho, na minha modesta opinião, que o haiku deve acompanhar a integralidade da vida, sem exclusões temáticas. Indo assim da banalidade das coisas ao sagrado das coisas.
2 Comments:
Será isto intertextualidade com um haiku do Issa em que ele mija para a neve (não me recordo bem)?
Quantos aos teus haikus, julgo que tens a intuição para escrever instantes que criem imagens no leitor. E só isso importa no haicai. As questões Zen da transiência das coisas, o kigo, etc., são apenas opções do haijin. As temáticas são vastas e ainda existem arquétipos novos para serem criados. És um bom observador da Natureza, mas será que também o és da cidade?
Continua assim que vais bem.
Chega esta "análise"?
Caro Dinis,
Quanto à primeira questão,escrevi este haiku depois de ler "A primeira neve", de Issa, nos seguintes versos:
que beleza -
o buraco feito na neve
ao mijar
.
primeira neve -
disse ele e então
pôs-se a mijar
.
o odor da urina
vai e vem -
crisântemos
.
a primeira cigarra -
digo eu
antes de mijar ´
.
assim, quis brincar com a minha aprendizagem e a "eternidade do momento" no haiku... o Aqui de Issa.
Sobre a tua obeservação fico grato, também eu penso nela.
Acho, na minha modesta opinião, que o haiku deve acompanhar a integralidade da vida, sem exclusões temáticas. Indo assim da banalidade das coisas ao sagrado das coisas.
Bom, mas ainda é curta a minha viagem...
Obrigado pela tua análise e vai escrevndo...
Abraço
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