saudação à Terra
acolhes-me no teu ventre e dás-me vida.
entre o viver e o morrer estás tu.
sem mais além,
sem mais aquém,
neste silêncio.
sinto o teu rosto tecer a minha pele.
terra.
alimento dos vivos e dos mortos,
a tua fala é a imortalidade dos que te ouvem.
terra.
a minha pulsação.
e quando o teu olhar, de gesto suave,
se fechar no meu,
nesse instante,
devolvo o que nunca me pertenceu,
retorno ao teu aconchego
em plenitude e reconhecimento.
morro da minha ilusão.
sou daterra
e sou terra também.
coração que bate ainda ao morrer-me.
Daterra
2 Comments:
o poema mais bonito que já passou pela tua escrita :)
muito obrigado amiga.
A vida presenteia-nos desta forma...com sentimentos de entrega...
assim vivo!
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