Folha Velha
Encontrei uma sombra de àrvores. O sol tem estado forte, um sombra é pois um convite apetecível e indispensável. Recolhi-me junto ao tronco de uma das árvores e reparei que as ruas estavam mais vazias. Em Espanhã é costume aproveitar-se o tempo depois do almoço para fazer uma sesta, o que justificáva as poucas pessoas na rua a esta hora. Mas uma sombra pareceu-me a companhia mais conveniente para este momento, de forma que amigavelmente detive-me nela. Junto a mim tinha algumas folhas caídas, os tons terra e a rugosidade que apresentávam fez-me recordar o livro de Leonard Koren, sobre Wabi Sabi. Olhei atentamente uma folha durante algum tempo e de facto percebi que este final de ciclo continuáva, e continua, a denotar a beleza própria da vida da folha. Depois deixei-me a pensar um pouco sobre o fim das coisas.
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a folha velha -
agora um marcador
no meu livro
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5 Comments:
Olá! Encontrei seu blog, por acaso.
Gosto muito do que escreve e dos seus poemas? Já andei fazendo algumas tentativas de escrever esse estilo de poesia: haikai.
Quando puder, visite meu blog também.Um abraço.
Gosto muito de ti :)
belo fim :)
De facto na vida nada se perde, tudo se transforma... é bom acabar como um marcador de um livro teu :O)
Um grande abraço para ti ***
Passeando pelo parque:
Mamãe, todas as folhas caem?
Depende da folha querida.
Sentada à sombra de uma árvore:
Mamãe, agora eu entendi tudo,
As folhas dependem!
Gasshô
JõDõ
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