segunda-feira, agosto 07, 2006

revelação

olho à minha volta na certeza do que sou.

as folhas das árvores a mexerem-se comigo.

caem sem hesitações.

o rio segue eternamente o seu percurso sem que o saiba.

e eu!?

ah, eu também…

como são reveladores estes momentos.

os cheiros das flores mostram-me um pouco mais de mim.

como tenho a certeza de mim sem que seja nada por certo.

e existo a cada momento.

desconheço o princípio e fim daquilo que sou.

será que o tenho?

ah, mas eu vejo cada instante e sinto que me tenho enganado

sobre as coisas da vida.

e as folhas das árvores a mexerem-se com o vento!

como posso dizê-lo !?

a cada instante a minha revelação.

e sinto que me tenho enganado quando penso e tento compreender

as coisas juntando-lhe outras coisas!

como posso dizê-lo!?

sou eternamente.

e poderia não ser?

os homens têm falado muito e sentido pouco.

não me posso encontrar porque não estou perdido.

têm falado muito e sentido pouco.

oh, mas encontrar não, porque não me sei mentir.

e sei que tudo vai continuar enquanto se procura.

oh, a verdade é uma mentira.

Daterra

1 Comments:

At 08 outubro, 2007, Anonymous Anónimo said...

Precioso, Lécio.

Obrigado por deixar aqui tuas belas palavras para que as visitemos sempre.

És generoso assim como a Natureza que amas.

 

Enviar um comentário

<< Home