sábado, julho 21, 2007

A árvore velha



Sabes Márcia,

quando passei pelo jardim

a árvore velha falou para mim.

Sim, aquela grande dos abraços.

E no silêncio que se fazia ouvi-a.

Sabes?

Agora,

vou-me lançar à terra também.

Sim, como uma semente eu sei,

porque as palavras morrem cedo demais.


Daterra

5 Comments:

At 22 julho, 2007, Blogger chumani said...

pensei neste artigo ao ler o teu poema
http://www.iht.com/articles/1995/01/19/edamy.php

 
At 22 julho, 2007, Blogger aya said...

"porque as palavras morrem cedo demais"

Belíssimo!!

 
At 22 julho, 2007, Anonymous Anónimo said...

tuas palavras, como as compartilhadas aqui, duram mais, meu amigo.

acho que como a flor visitada pela abelha -- a flor pode murchar, mas já viajou na abelha e até virou mel.

és maior.

um abraço.

 
At 25 julho, 2007, Anonymous Anónimo said...

Tão bonito...tão terna a mensagem e tão férteis as palavras!

 
At 28 julho, 2007, Blogger borbulha said...

sempre as palavras. não são perfeitas, nem sequer completas. Mais vale os abraços e os olhares. Muito mais transparentes, como todos nós.

*

 

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